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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Jó, sua fé e sua célebre paciência

 Sempre admirei as pessoas que demonstram capacidade de superar as dificuldades mais intensas, descer aos lugares mais escuros e ressurgir com ainda mais vigor. Não apenas para recuperar o que se foi perdido (ou tomado), como para aproveitar a sabedoria que só o sofrimento pode proporcionar e chegar ainda mais alto.

Desde a meninice, muito me comprazia na leitura das sagradas escrituras. A bíblia é um livro maravilhosamente rico e belo. Sempre me impressionava com a paciente resistência do protagonista do Livro de Jó e me  deleitava com seu triunfo final, sob as bênçãos do Senhor Javé. Jó fora privado de todos os bens materiais, de toda a riqueza que amealhara na vida e manteve a fé na providência divina.  Perdera as pessoas que mais amava, os filhos e filhas que pusera no mundo e manteve a fé na providência divina. Sucumbira à doença, caindo ferido, em sua saúde atingido e manteve a fé na providência divina. Admoetado pelos amigos, pobre, sujo, doente e sozinho, rejeitado por todos, Jó adorava ao Deus que, ao fim e ao cabo, manifesta toda a sua misercórdia, restituindo-o e acrescendo-o em tudo numa longa e profícua vida.  Nada como o dulcíssimo sabor do silêncio durante o sacrifício e da vitória concedida pelo altíssimo.

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