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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A resposta de Eduardo

Podemos ir ainda mais alto.

Pois bem, semana passada, assisti a uma longa entrevista na rede bandeirantes de televisão. Até a imprensa golpista parece realmente deslumbrada com Eduardo Campos. Sem um pingo de amargor, sem nenhuma motivação revanchista, ignorando mesmo quem um dia o acusou, Eduardo anula seus antigos detratores ao dispensar-lhes a humilhação de seu silêncio. Sua pauta é a saúde, a educação, a segurança pública, a infra-estrutura, a tecnologia da informação, o crescimento econômico, a sustentabilidade ambiental, a inclusão social. E, claro, a grande política. Aquela do confronto de idéias e não de pessoas, da argumentação e do convencimento, da construção das convergências e do respeito às divergências. Responde, portanto, somente com a capacidade brilhante de pensar o futuro do Brasil. E forjar o punjante Pernambuco do Presente.

O sacrifício de Eduardo

Sofreram muito no passado, mas hoje só tem motivos para sorrir.


O governador Eduardo Campos já foi agredido de todas as formas no passado. Execrado publicamente, foi apontado como causador da ruína de Dr. Arraes e acusado das maiores torpezas que se podem lançar a um homem público. Soube dosar firmeza e, sobretudo, paciência.

Persistiu na luta do avô para eleger Lula à presidência. Aproveitou as oportunidades de seu pequeno ministério e mostrou que, pensando grande, se podia ir longe. Lançou-se a disputa pelo governo do estado apostando no erro dos adversários todos os dias e aglutinando os aliados em todas as horas. Saiu do nada nas pesquisas para o Palácio do Campo das Princesas, trabalhando como um mouro, articulando como um enxadrista e fazendo política no meio do povo. Também assim governou e se reelegeu com votação recorde.

Jó, sua fé e sua célebre paciência

 Sempre admirei as pessoas que demonstram capacidade de superar as dificuldades mais intensas, descer aos lugares mais escuros e ressurgir com ainda mais vigor. Não apenas para recuperar o que se foi perdido (ou tomado), como para aproveitar a sabedoria que só o sofrimento pode proporcionar e chegar ainda mais alto.

Desde a meninice, muito me comprazia na leitura das sagradas escrituras. A bíblia é um livro maravilhosamente rico e belo. Sempre me impressionava com a paciente resistência do protagonista do Livro de Jó e me  deleitava com seu triunfo final, sob as bênçãos do Senhor Javé. Jó fora privado de todos os bens materiais, de toda a riqueza que amealhara na vida e manteve a fé na providência divina.  Perdera as pessoas que mais amava, os filhos e filhas que pusera no mundo e manteve a fé na providência divina. Sucumbira à doença, caindo ferido, em sua saúde atingido e manteve a fé na providência divina. Admoetado pelos amigos, pobre, sujo, doente e sozinho, rejeitado por todos, Jó adorava ao Deus que, ao fim e ao cabo, manifesta toda a sua misercórdia, restituindo-o e acrescendo-o em tudo numa longa e profícua vida.  Nada como o dulcíssimo sabor do silêncio durante o sacrifício e da vitória concedida pelo altíssimo.